XIV Curso Ecologia do Parto e Nascimento começa 23 de março!
Aperfeiçoamento profissional para médicos, enfermeiras, doulas, fisioterapeutas, psicólogos, estudantes e demais interessados na fisiologia do parto e nascimento. Início em 23 março de 2024! Somente 30 vagas.
O Curso Ecologia do Parto e Nascimento foi criado em 2008, por Heloisa Lessa e Michel Odent. Queríamos aprofundar com o grupo os estudos de Odent a partir da sua bibliografia e da nossa experiência com partos naturais em domicilio, eu no Brasil e ele no Reino Unido.
De 2008 a 2013 Michel dava a aula de abertura e mais uma durante o ano de forma presencial. A partir de 2017 Michel passa a fazer a aula inaugural, primeiro gravada especialmente para o curso, e depois da pandemia, ao vivo pelo zoom.
Conheci a bibliografia de Michel Odent na década de 90, com certeza foi um divisor de águas na minha vida profissional. O que eu aprendia e lia nos seus livros fazia todo o sentido.... Era como se eu acha-se explicações para a assistência que eu prestava às mulheres gravidas.
São 17 anos do primeiro Curso Ecologia do Parto e Nascimento! Estamos prontos para nossa próxima jornada que começa em março de 2024 com mais uma TURMA .
A possibilidade do curso ser na modalidade online amplia a possibilidade da participação de pessoas de outros estados. Em 2024 o curso será online com exceção do nossa último encontro que será presencial na cidade do Rio de Janeiro. Esse encontro presencial é opcional não acarretando em perda de conteúdo para os participantes que porventura não possam estar conosco.
Teremos 9 encontros virtuais de 4h, ao longo do ano, um por mês.
A cada aula você receberá um dos livros de Odent, que será aprofundado no próximo encontro.
~ Aperfeiçoamento profissional ~
10 encontros, de março À dezembro
Um sábado ao mês, das 9 às 13hs
Entendemos hoje a fisiologia do parto como sendo uma parte da fisiologia cerebral. O antagonismo entre atividade neocortical e atividade do cérebro primitivo é a chave para uma nova compreensão das necessidades básicas da mulher em trabalho de parto. A redução da atividade neocortical é a base para a liberação dos hormônios necessários para o processo de parir e amamentar.
O curso traça uma Linha do Tempo do que a ciência nos ensina sobre gestação, parto e nascimento, das canoas dos Neandertais ao século XXI e tem como base a fisiologia da mãe e do bebê e as consequências a longo prazo da maneira como nascemos.
Michel Odent é um renomado cirurgião francês que tem dedicado a maior parte de sua vida ao estudo do “período primal” (a vida fetal, parto e o primeiro ano de vida). Odent esteve no comando das unidades cirúrgicas e da maternidade do Hospital de Pithiviers (França) entre 1962 e 1985, onde desenvolveu um interesse especial em fatores ambientais que influenciam o processo de nascimento.
Ele introduziu conceitos inovadores tais como salas ‘familiares’ e acolhedoras para parto, piscinas de parto em maternidades e sessões de canto para mulheres grávidas. Depois de sua carreira hospitalar, ele se envolveu com parto domiciliar. Posteriormente, fundou o Centro de Investigação em Saúde Primal em Londres, criando um banco de dados (primalhealthresearch.org), a fim de compilar estudos epidemiológicos. Estes estudos exploram correlações entre o que acontece durante o “período primal” e a saúde na idade adulta e crescimento. Com 14 livros e mais de 50 artigos científicos publicados, entre essas publicações: o primeiro artigo cientifico sobre a importância da amamentação na primeira hora após o nascimento, o primeiro artigo sobre o uso de piscinas durante o parto, e o primeiro artigo sobre a ”Teoria de controle da dor” e sua aplicação no trabalho de parto.
Desde Phitiviers, Odent vem pesquisando e se interessando pela fisiologia do parto e amamentação.
Aperfeiçoamento profissional para médicos, enfermeiras, doulas, fisioterapeutas, psicólogos, estudantes e demais interessados na fisiologia do parto e nascimento.
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Ecologia do Parto oferece conhecimento e evidências científicas atuais aos interessados em renovar / iniciar sua prática profissional acompanhando mulheres, durante a gravidez, parto e puerpério. A discussão teórica apoia-se na bibliografia disponível no banco de dados do Centro de Pesquisa em Saúde Primal organizado por Michel Odent, nos seus livros e em alguns outros autores.
Mentoria e organização
Heloisa Lessa | enfermeira obstetra, parteira e doutora em Enfermagem, atende a partos planejados em casa, no Rio de Janeiro, desde 1989. Fundadora da Equipe multidisciplinar de assistência ao parto e nascimento no Rio de Janeiro: Parto Ecológico. Tem experiência de trabalho com as parteiras tradicionais e a população indígena brasileira. É palestrante internacionalmente conhecida. Parceira de Michel Odent na organização de Eventos e pesquisas e fundadora do IMO – Instituto Michel Odent com sede no Rio de Janeiro.
Professores convidados
Dr. Ricardo Chaves | Médico Pediatra e Presidente do Instituto Michel Odent
Laura Uplinger | Psicóloga, vice-presidente da ANEP Brasil
Apoio
Fernanda Galvão | Doula e Consultora em Amamentação
Apenas 30 vagas!
As aulas serão realizadas pelo ZOOM Um sábado ao mês, das 9h às 13h
Preencha o cadastro e realize o primeiro pagamento
Depósito em conta corrente:
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Heloisa Ferreira Lessa
Banco Itaú
Agencia: 0389
Conta corrente: 43389-7
Cpf (chave PIX): 839897147-91
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Para sua inscrição ser concluída, envie o comprovante do pagamento pelo WhatsApp ou envie para o email: ecologiadoparto@gmail.com
Você vai receber nossa confirmação e o primeiro livro em PDF de Michel Odent.
Lote I
R$ 3.250,00 até 28 fevereiro
Pagamento a vista: R$ 2.750,00 (15% off)
Parcelamento em 3 X: R$ 975,00 (10% off)
Mensalidade: R$ 360,00 (9 parcelas)
Estudantes de graduação ou residentes:
R$ 250,00 mensal ( 9 parcelas)
Lote II
R$ 3.600,00 até 23 de março
Pagamento a vista: R$ 2.990,00 (16% off)
Parcelamento em 3 X: R$ 1.050,00 ( 10% off)
Mensalidade: R$ 360,00 ( 9 parcelas)
Estudantes de graduação ou residentes:
R$ 280,00 mensal (9 parcelas)
Qualquer dúvida, entre em contato com nossa equipe!
PROGRAMAÇÃO
DIA 1 :: 23 de março
11-13H
Heloisa Lessa
História do Parto e Nascimento: o patriarcado no comando
O que sabemos sobre parto antes das sociedades pré-agriculturais?
A cultura, seus tabus e interferências ao longo da nossa história
A mudança da casa para o hospital e a industrialização do parto
A era do plástico e seu significado na atenção obstétrica
A década de 70 e os ícones do parto natural Ina May, Leboyer, Galba de Araujo, Moyses Paciornick, Sheilka Kitzinger, Françoise Dolto
O movimento feminista, a reforma sanitária e o surgimento do Paism –política pública que compreendia a mulher como ser integral
A Humanização do Parto e Nascimento no Brasil e no mundo
Parteira, doula, enfermeira obstetra, obstetriz quem são e as diferentes e múltiplas possibilidades de equipes multidisciplinares
Já não somos mais Homo sapiens...
O HOMO entendido como um mamífero marinho
Material para próximo encontro: O Renascimento do Parto ( Odent, 2002)
DIA 2 :: 27 de abril
Heloisa Lessa
Os modelos de assistência obstétricos tecnocrático, humanista e holístico – Robbie Davis Floyd
Phitiviers A maternidade convival e a ideia de evocar nossas raízes. Video inédito
Os grupos de mães, a música em volta do piano
A música e o canto nas suas diversas possibilidades
Uma Eco-obstetrícia, posições obstétricas
O que significa “parto normal”?
O que significa fisiologia e como usar a linguagem dos fisiologistas
A abordagem etnológica e nossa memória filogenética
A fisiologia do parto e nascimento como um capítulo da fisiologia cerebral
O neocórtex e o cérebro primitivo e suas diferenças entre mulheres e homens
Michel Odent sua trajetória e a contribuição para a obstétricia
DEBATE: O Renascimento do Parto ( Odent, 2002)
Material para próximo encontro: Livro Gênese do Homem Ecológico (Odent,1982)
DIA 3 :: 25 de maio
Heloisa Lessa
A descoberta do efeito comportamental da ocitocina – a interação entre dois indivíduos
Kerstin–Uvnäs Moberg, e seu time e as descobertas em torno do hormônio do amor
O paralelo entre a industrialização no campo e no parto e as suas consequências a médio e longo prazo – o aparelho reprodutor masculino em perigo
Uma atitude biodinâmica em frente ao parto
Preparação do ambiente físico e emocional do parto
Quais os atores indispensáveis ao processo? Os neurônios espelho e sua interferência em processos involuntários
Quais as características que devem ser priorizadas no profissional que assiste a partos?
Pré-natal como espaço de tomada de consciência e mudança de padrões físicos e emocionais
O efeito Nocebo do pré-natal
A importância da qualidade da informação que se oferece às gravidas durante a consulta pré-natal
O pré-natal coletivo e novas possibilidades
O parto domiciliar no Brasil e suas muitas nuances
O fenômeno mundial da Doula e sua importância para a mudança de modelo
Diferentes protocolos SUS e setor privado
Parto em casa planejado, material necessário, plano B
Segurança do PDP (parto domiciliar planejado) os estudos como “Birth Place” da Inglaterra e as Teses no Brasil sobre a temática.
A continuidade do cuidado como fator de segurança para o parto e pós-parto e suas consequências para os profissionais
O plano B no PDP as possíveis transferências e a importância da referência.
As Leis e o PDP no Brasil, A DNV –Declaração de nascidos vivos e sua importância na coleta de dados dos PDPs
DEBATE: Livro Gênese do Homem Ecológico (Odent, 1982)
Material para próximo encontro: A Cientificação do amor ( Odent, 2000)
DIA 4 :: 22 de junho
Heloisa Lessa
A Cientificação do Amor
As funções dos orgasmos da gravidez ao parto:
Outras culturas em torno da gravidez e do parto
A revolução neolítica e a domesticação do ser humano
A socialização do parto
O parto como evento da vida sexual
Os reflexos de ejeção do esperma, do bebê e do leite
A interseção do trabalho de Odent e Willian Reich
O trabalho da parteira italiana Verena Smith
As consequências dos tabus e crenças no cotidiano da sexualidade do casal gravido – posições e possibilidades
Dor e transcendência – endorfinas e todo o sistema de proteção contra a dor
Os traumas ligados à sexualidade e a real possibilidade de superação desses eventos
O quebra-cabeça – Parto e a arte de encaixar as peças corretas
Sinais de proximidade do parto – como reconhecer
Como identificar início do trabalho de parto nas primíparas e multíparas – o que dizem os livros e a experiência
As tecnologias não invasivas para alívio da dor, uso do calor, spiral-tape, as técnicas de origem na hipnose
Massagem e dicas para o início do trabalho
Alimentação e hidratação uma opção da mulher
A água e sua utilização nas diferentes formas, compressas, escalda pés, banhos, banheira
O teste da banheira descrito pelo Odent
DEBATE: Livro Gênese do Homem Ecológico (Odent, 1982)
Material para próximo encontro: As funções dos orgasmos (Odent,2009) e O Camponês e a Parteira ( Odent, 2003)
DIa 5 :: 23 de julho
Heloisa Lessa
A Fisiologia sempre como ponto de partida – A gravidez:
As alterações hormonais desde a concepção ao parto – progesterona, estrogênio, ocitocina, melatonina, adrenalina, cortisol e suas repercussões no corpo materno
Os desconfortos mais frequentes Enjoos, cólicas, sono, azia, dores no corpo, insônia, prisão de ventre etc. e as formas de alívio através da utilização de diferentes tecnologias leves
Nutrição na gestação quais as principais necessidades das gestantes
As vegetarianas, veganas o que observar e recomendar
Técnicas para trabalho com gravidas: reconhecer no próprio corpo / saber científico / o que fazer para aliviar
A cultura em torno da gestação e o que aprendemos com as parteiras tradicionais – unindo cuidado e atendimento obstétrico nos três trimestres da gestação
As parteiras Mexicanas e o que aprendemos sobre o uso do Rebozo – a importância dos tecidos moles
Dona Queta e os saberes ancestrais no século XXI
As parteiras tradicionais brasileiras – dicas para o cotidiano, rezas, ervas, cheiros, óleos
A troca de saberes e a construção de um saber ampliado unindo ciência e cuidado.
DEBATE: As Funções dos Orgasmos ( Odent, 2009) e O Camponês e a Parteira ( Odent, 2003)
Material para próximo encontro: A Cesariana, O Bebê do Amanhã Thomas Verny, As dez Regras de Ouro da ANEP
DIA 6 :: 26 de agosto
Laura Uplinger e Heloisa Lessa
O bebê e suas infinitas potencialidades
Concepção Consciente
Quem é esse bebê no ventre materno? Como entendemos suas potencialidades e possibilidades a partir da neurociência
A epigenética e seus impactos nas próximas gerações
Thomas Verny e a criação da APPPAH – Associação para estudo da psicologia pré-natal nos Estados Unidos e Canada
Os estudos do Dr. Akira Ikegawa sobre as memórias pré-natais
As regras de Ouro da ANEP
Winnicott, Laura Gutman, Francoise Dolto, referências no universo perinatal
DEBATE: O Bebê do Amanhã Thomas Verny, As dez Regras de Ouro da ANEP
Material para próximo encontro: A Cesariana
DIA 7 :: 28 de setembro
Heloisa Lessa
A Hora de Ouro e a adaptação ao ambiente extra uterino:
O conceito de exterogestação
As necessidades básicas do bebê (0-3 meses) fisiologia do sono do bebê, apego
Bebês mamíferos e a visão de Carlos Gonzales: As possíveis linguagens que se estabelecem no cuidado com o bebê
Como entender e interpretar o choro
Quais as necessidades básicas do bebê recém-nascido?
Massagem em bebês, shantala, osteopatia, crânio-sacro, novas abordagens no cuidado aos bebês.
O banho, esse momento único de conexão: banho no chuveiro, banho de balde, diversos tipos de banheira. A temperatura, os cuidados necessários
Enxoval e mala da maternidade dicas práticas
Maria Montessori do nascimento à escola – o espaço do bebê
A chegada do segundo filho e as novas relações familiares – o irmão mais velho, padrasto, madrasta
A fusão com a mãe e a importância do pai nesse processo
A amamentação, livre demanda , fissuras, engurgitamento mamário um over view na temática
DEBATE: A Cesariana ( Odent, 2004),
Material para próximo encontro: Artigo da Tese de Mariana Peppe sobre a assistência da EO no puerpério em partos domiciliares planejados; Agua e sexualidade (Odent, 2004)
DIA 8 :: 26 de outubro
Heloisa Lessa e Fernanda Galvão
A Hora de Ouro e a adaptação ao ambiente extra uterino:
A história pregressa desse bebê e as adaptações imediatas após o nascimento
A Hora de Ouro
Condutas no parto que favorecem ou dificultam a adaptação do bebê
A microbiota e a saúde futura do recém-nascido
A placenta como advogada do bebê
Debate: Agua e sexualidade (Odent, 2004)
Material para o próximo encontro: Besame Mucho (Carlos Gonzales), Pode a Humanidade Sobreviver a Medicina (Michel Odent)
DIA 9 :: 30 de novembro
Heloisa Lessa e Fernanda Galvão
O mundo misterioso do pós-parto:
Os hormônios e a fisiologia no pós-parto
Puerpério, resguardo diferentes nomes para um período de transição
Baby blues, depressão, psicose puerperal: definição, plano de cuidados
Maternidade, parentalidade e a construção das novas famílias
Mães, sogras, avós novos papeis e oportunidades de conexão
Visitas o que é importante observar
Os grupos de gravidas e sua importância no apoio e formação da Rede de Apoio
Plano de Pós-Parto
Os grupos virtuais de mães e o suporte cotidiano
Amamentação: dicas práticas a partir da fisiologia da lactação
Sinais de alerta na amamentação e que profissionais podem ajudar
Depoimentos de mulheres do grupo do pós parto.
Debate: Pode a Humanidade Sobreviver a Medicina (Odent, 2016)
Início 23 de Março
9 encontros,
de março a dezembro
Um sábado ao mês,
das 9h às 13h
A cada módulo o aluno receberá textos que deverão ser lidos e haverá perguntas após o módulo que contribuirão para sedimentar o conhecimento.
Os livros de Michel Odent, já traduzidos para o português, serão disponibilizados em PDF para os participantes do curso.
A cada módulo o participante receberá material de apoio como artigos e resumos de capítulos de livros ou artigos de diversos autores e alguns traduzidos por Heloisa Lessa
O participante receberá certificado de participação do IMO se frequência mínima de 80% das aulas
As aulas serão gravadas e podem ser disponibilizadas para os alunos mas queremos ressaltar que uma aula gravada não substituí o aprendizado ao vivo, mesmo que on line. Os participantes assinam um Termo de Confidencialidade com relação a gravação das aulas que não devem ser disponibilizadas para outros que não os participantes do Curso.
As aulas serão realizadas pelo ZOOM e o link será disponibilizado na sexta-feira anterior ao curso as 18hs. Para receber o link você deve enviar o comprovante do pagamento referente ao módulo.
Vagas limitadas em 30
Conheça melhor seus instrutores:
Heloisa Lessa - Enfermeira obstetra, parteira e doutora em Enfermagem, atende a partos planejados em casa, no Rio de Janeiro, desde 1989. Fundadora da Equipe multidisciplinar de assistência ao parto e nascimento no Rio de Janeiro: Parto Ecológico. Tem experiência de trabalho com as parteiras tradicionais e a população indígena brasileira. É palestrante internacionalmente conhecida. Parceira de Michel Odent na organização de Eventos e pesquisas e fundadora do IMO – Instituto Michel Odent com sede no Rio de Janeiro.
Ricardo Chaves – Pediatra, Professor Assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Medicas da UERJ, Mestre em Súde Publica pelo IMS UERJ, Membro da ReHuNa ,Presidente do Instituto Michel Odent
Laura Uplinger – Laura Uplinger, formada em psicologia aplicada e palestrante internacional sobre a maternidade e paternidade conscientes durante o período pré e perinatal. Vice Presidente da Associação Nacional para Educação Pré-natal.
Fernanda Galvão – Doula, consultora de amamentação e estudante de enfermagem obstétrica.
Em 2021 tivemos nosso primeiro Curso Ecologia do Parto online. Que surpresa agradável perceber que conseguimos construir um vínculo entre nós que permitiu a participação ativa de todos. Cada dúvida, cada medo, cada situação vivida e compartilhada era semente fértil para um olhar diferenciado, onde o foco é sempre a fisiologia da mulher e do bebê.
Em 2024 manteremos o Curso 100% online para permitir a participação de pessoas de outras cidades e recantos do Brasil.
Veja abaixo o texto elaborado e traduzido por Heloisa Lessa a partir do artigo: Parto em casa planejado nos países industrializados, de Michel Odent
(Who – Regional Office, 1991)
Os dados da ciência são suficientes para afirmar que nosso mundo esta acabado, que os recursos terrestres são findáveis, que a poluição do ar , da água e da terra não deverão passar ultrapassar certos limites e que um crescimento demográfico excepcional está proibido. Os dados da ciência são suficientes para afirmar que a sobrevivência da espécie impõem uma revolução ecológica esta revolução é uma dinâmica de sobrevivência na escala da espécie.
O que nos reserva a revolução ecológica é uma solidariedade entre as espécies vivas. O homem ecológico está totalmente a ser descoberto e a ser realizado. Está na hora do homem tomar seu destino na mão enquanto espécie.
A sociedade industrial tem um efeito destruidor ao desequilibrar a biosfera, esta fina película de vida que recobre o planeta. A sociedade industrial destrói ainda mais rapidamente e com mais segurança, o próprio ser humano ao automatiza-lo. Qual a distância entre o conhecimento e a tomada de consciência? A tomada de consciência é por o conhecimento em relação a prática. A tomada de consciência supõem a integração de um conhecimento novo com outros conhecimentos anteriormente adquiridos. A tomada de consciência é um fenômeno especificamente humano, em oposição ao adestramento e ao condicionamento. A tomada de consciência supõe um acordo, uma harmonia entre o conhecimento do cérebro superior lógico, racional e o cérebro emocional.
A partir de 1974 Dr Michel Odent e sua equipe começam estudos com relação as condições de nascimento nos países industrializados. O fenômeno Leboyer uma sucessão de obras destinadas ao grande público e com profunda ressonância mundial. A fenômeno Leboyer aparece como uma tomada de consciência de efeito destruidor sobre as sociedades industriais .É o ponto de partida de um questionamento das condições habituais de nascimento. A maternidade onde Dr Odent e sua equipe trabalhavam se chamava Phitivieres e se situa na França. Para o profissional que chega como observador, as surpresas são inúmeras. Nossa prática é tão diferente da obstetrícia ensinada que alguma pessoas já sugeriram um novo tratado de obstetricia, uma obstetrícia posterior a Leboyer.
Esta nova obstetrícia está inscrita em uma nova cultura, uma contra cultura que alguns gostam de chamar de sociedade pós histórica e outros de sociedade ecológica. Esta nova obstetricia está inscrita em uma sociedade onde o ser humano, ou os grupos humanos, na medida em que seguem a sua evolução podem guardar um contato com as suas raízes desde as mais profundas, comuns a todas as formas de vida, até as mais superficiais, que pertencem a história individual. A esta obstetricia daremos o nome de eco-obstetricia. Esta obstetricia pode ser evocada, pode ser abordada, podemos penetra-la, podemos explora-la, mas não podemos analisa-la ou estuda-la metodicamente. Porque ela exclui tudo que se assemelha a um método, porque ela aceita a improvisação e a escolha. Esta obstetricia pode ser explorada e comprendida a partir de algumas experiências concretas nas “maternidades convivais” que em alguns pontos do mundo ocidental começam a se individualizar. As maternidades classicas são, cada vez mais, dominadas pelas senhas, saidas do estado maior médico que impõe, ao conjunto da equipe, para cada situação uma atitude prescisa.
O Dr. Odent e sua equipe acreditam que : o parto, como a mamada são situações que pertencem a vida emocional, à vida afetiva e à vida sexual, isto é, a importância do ambiente humano, a importância do ambiente material e do mobiliário, a compreensão de que o primeiro fator de segurança em uma maternidade é uma atmosfera que facilite os partos, a compreensão de que está muito próximo o limite além do qual a invasão pela maquina, pela instituição e pela medicina será mais nefasta que útil .
Fisiologia do parto:
Não devemos confundir o termo fisiológico com normal. Uma atitude ou um comportamento podem ser considerados normais em um dado pais, mas não em outro. O que é fisiológico é um ponto de referência do qual tentamos não nos afastar muito. Os fisilogistas exploram as funções normais do corpo, o que é universal, o que atravessa as culturas. Após milênios de interferencias culturais rotineiras no processo de parto, é mais necessário do que nunca voltar as suas raizes.
Para parir, uma mulher prescisa liberar um certo coquetel de hormônios ( ocitocina, endorfinas, prolactinas, catecolaminas, etc) Todos estes hormonios tem sua função controladas pelo cerebro. Podemos dizer que, quando uma mulher está em trabalho de parto, a parte mais ativa é seu cérebro primitivo – aquelas estruturas muito antigas ( o hipotálamo, a glândula pituitária etc. ) que compartilhamos com todos os outros mamiferos. Podemos dizer que, quando uma mulher está em trabalho de parto, a parte mais ativa é seu cérebro primitivo- aquelas estruturas muito antigas do cérebro ( o hipotálamo, a glândula pituitária, etc ) que compartilhamos com todos os outros mamiferos.
Cem anos antes de Darwin, Jean Jaques Rousseau incluia a raça humana no reino animal. Ele nos coloca que durante seus 25 anos de pesquiza aprendeu que os seres humanos são mamiferos. Para dar a luz as femeas mamiferas secretam hormonios, os mesmos hormonios que estão presente nos partos das mulheres. Esses hormonios são secretados pelas estruturas cerebrais mais primitivas, as mesmas de outros mamiferos. Essas semelhanças podem ser um ponto inicial para a compreenção de todo o processo de parto na nossa espécie. Quando consideramos o parto como um processo involuntário que envolve velhas e primitivas estruturas cerebrais inerentes aos mamiferos deixamos de lado a afirmação de que as mulheres devem apreender a parir. Dentro desta visão ninguem ajuda ninguem a parir o que se pode é manter a privacidade, impedir a invasão neste momento impar para permitir a mulher o encontro com suas raízes mais profundas. O Dr. Odent está convencido que os achados de Newton são aplicados a espécie humana. Nos não devemos ter vergonha de reconhecer que outros mamíferos podem nos ajudar a redescobrir algumas coisas que haviamos esquecido.
O ser humano não pode perder o contato com suas raízes impunemente. O parto e o nascimento são momentos privilegiados para compreendermos esta regra fundamental. As raízes mais superficiais são as culturais. O parto expontâneo de uma mulher completamente separada de seu meio cultural é sempre dificil senão impossivel. A mulher que dá a luz por exemplo tem a necessidade de se exprimir em sua própia lingua e a partir de um determinado momento do trabalho de parto ela tende a simplificar seu vocabulário e a usar apenas as palavras apreendidas na primeira infância.
Sem este contato necessário com as raízes culturais, não pode haver o contato necessário com as raizes mais profundas. O contato com nossas raízes animais filogenéticas , é sinonimo da escuta do cérebro instintivo, do cerebro víscero-afetivo, este contato com as raizes animais se traduz concretamente, por parte da mãe, pela procura de posições que não são especificamente humanas, como a posição de quatro, e por modo de expressões pré-verbais, tais como o grito.
Segundo Odent, 1981 ,. Todos os mamíferos se isolam na hora do parto. Eles prescisam de privacidade. É a mesma coisa com os humanos e devemos estar sempre atentos a esta necessidade básica no que diz respeito ao parto.
Durante as últimas duas décadas muitos bebês tem nascido num ambiente tecnológico. Os obstetras acreditam que monitorando o coração fetal continuamente vão poder intervir e salvar alguns bebês que estejam correndo risco. Eles estavam convencidos que esta era a forma de tornar os partos mais seguros. Esta convicção porém não teve suporte nas evidencias científicas.
Muitas evidências recentes sugerem que a era dos partos eletronicos esteja chegando ao fim. Nós estamos num momento de virada (turning point) na história da obstetricia. Um marco nesta mudança foi o artigo publicado em 12 de dezembro de 87 no jornal medico Lancet um dos mais respeitados do mundo.O artigo comparava oito estudos que foram realizados na Austrália, Estados Unidos e Europa envolvendo “ten of thousands” partos onde comparava-se grupos de mulheres parindo com monitorização fetal e mulheres parindo com parteiras que mal ouviam intermitentemente o coração dos bebês. As conclusões finais são que estatisticamente o uso do monitor fetal só fez aumentar as taxas de cesárea e parto com a utilização do fórceps. Nenhuma outra diferença significativa pode ser mostrada entre estes dois grupos quando comparamos o numero de crianças que nasceram vivas ou com boa saúde.
O declinio nas taxas de mortalidade no periodo do nascimento no ultimo século e que continua nas ultimas tres décadas pode ser explicado por outras razões e não pela monitorização fetal continua nos partos.
O tempo é chegado de considerarmos os efeitos que o meio ambiente exerce no processo do parto e no primeiro contato entre a mãe e o bebê. Temos que começar a responder a questões simples e a nos prepararmos para uma era pós-eletronica.
Para muitos que trabalham na aréa da obstetricia e no Brasil para a ampla maioria dos profissionais estas conclusões são dificieis de se integrarem nas suas convicções anteriores, mas para alguns médicos e parteiras isso apenas confirmava o óbvio.
Questões simples são a chave para compreendermos o parto de outra óptica. Por exemplo que o ambiente pode inibir a parturição humana. Que tipo de ambiente pode inibir o trabalho de parto / Que tipo de ambiente pode influir negativamente no primeiro contato entre a mãe e o bebê e a amamentação.
Em estudos realizados com outros mamiferos por Niles Newton na década de 60 fica claro que um ambiente estranho ou que a mudança de ambiente durante o parto é totalmente prejudicial. A parturiente prescisa reconhecer o cheiro e o local que devem pertencer a sua vida diária. A proposta assistencial que vem sendo adotada em algumas unidades de assistência ao parto que é a cama PPP vem de acordo com este preceito teórico aonde a mulher não deve mudar de lugar durante as diferentes fases do trabalho de parto. A cama PPP é sem dúvida nenhuma um grande avanço no atendimento a parturiente.
Outra questão que não é levada em conta pelos profissionais que realizam a assistência a parturiente é a questão da privacidade para todo o processo do parto e nascimento.
Segundo o autor Como podemos oferecer uma atmosfera de privacidade nas maternidades e centros de nascimento? É possivel para as mães não se sentirem observadas ou controladas nestes lugares? Como isso pode ser feito?
A criança que nasce tambem se exprime atráves de comportamentos que lembram constantemente nossa ligação com o mundo animal.
O conceito de apego, seria uma necessidade primária, dispondo de mecanismos inatos, e nunca o resultado de uma aprendizagem: o fenômeno do apego não é própio á nossa espécie mas existe igualmente na infância de vários mamiferos e de certos passaros. No recém-nascido, a necessidade de contato, a busca de aproximação da mãe antecede a fome. Assim a entrega a outrem,a dimensão social pertencente a animalidade, seria inscrita em nossas raízes filogenéticas. O processo de desumanização e alienação seria mesmo a separação do ser humano de todas as suas raízes. O modelo de assistência ao parto e nascimento no Brasil já dá sinais de transformação no sentido de perceber a importância fundamental do contato mãe / bebê logo após o nascimento. A enfermeira obstetra que atua no atendimento ao parto deve sempre que possível priorizar este contato, evitar ao máximo que o bebê fique distante da mãe logo após o nascimento.
Foi Haeckel quem abriu a porta á noção de memória não no sentido restrito de traços deixados pelo passado em nosso cérebro consciente, ao compreender que a ontogênese (série de transformações sofridas pelo indivíduo desde a fecundação até o ser definitivo ), repete a filogênese, isto é o embrião percorre sucessivamente, e em menor escala, as diferentes fases que as espécies animais conheceram ao longo da evolução.
Alguns decênios mais tarde, Freud ( 2 ) revelava um outro aspecto da noção ampliada de memória, ao descobrir o inconsciente e ao revelar que nossos comportamentos sofrem as inflûencias dos acontecimentos muito precocemente ocorridos em nossa história individual para serem diretamente impressos em nosso cérebro consciente e ao explicar a irracionalidade do homem que encontra as suas origens na persistência das maneiras infantis de pensar e de se comportar.
Bem recentemente, a concepção de uma fisiologia cerebral dissociada, a “teoria dos cérebros multiplos”, penetrou o pensamento neurofisiológico. Demonstrando que pertencemos ao mundo animal, ampliando o sentido da palavra memória, esclarecendo a noção de mudança de nível de consciência, esta concepção dá as chaves para uma nova compreensão do fenômeno humano. As estruturas cerebrais primitivas são a garantia da sobrevivência do indivíduo e da continuidade da espécie; elas representam os traços do animal que continua em nós. As novas estruturas, propiamente humanas, são o suporte de uma história recente, individual, e são necessárias aos mecanismos da linguagem, da reflexão e de um certo livre arbítrio. Tudo se passa como se houvesse um conflito permanente entre os diferentes níveis cerebrais.
Todos os aspectos da vida tem valor exemplar para ilustrar a noção de memória, a partir mesmo da escala de proteinas. Assim sob o efeito de certos estímulos, certas células produzem um ácido ribonucléico no qual a distribuição dos componentes é diferente; com este estímulo armazenado, em forma de código, na organização das cadeias de proteinas, estamos na presença de um dos aspectos mais elementares da aprendizagem: estamos nos confrontando com a noção de memória celular, isto é, de memória tecidual. A partir da escala celular, é possivel perceber que a memória que caracteriza a vida não é simples estocagem de informação, mas é também transformação da estrutura viva.
No outro extremo da escala da vida, na escala cultural, o conceito de memória é quase um conceito de ética: estudar a memória cultural é estudar a memória pela qual foi fixada a ética do grupo. A memória cultural permite ir além das possibilidades do sistema nervoso humano individual. Ela dispõe não apenas da linguagem em seu sentido restrito mas tamb’em de verdadeiras memórias exteriores, cada vez mais complexas, desde os manuscritos em pergaminho até a fita magnética e o computador.
Alguns já puderam recorrer a esta memória filogenética para explicar estados considerados patológicos. Assim a enurese pôde ser interpretada como um fenômeno de regressão filogenêtica. Um comportamento liberado pelo “estágio V do sono”, em relação à noção de preservação do território, de reivindicação de um espaço pessoal, quando as exigências e as necessidades do indivíduo não podem ser satisfeitas em estado de vigília; é bem conhecido, na verdade, que os mamíferos usam a urina para demarcar seu território.
A correlação evidente entre a maneira de nascer de uma menina e a maneira como ela porá no mundo seus própios filhos nos parece revelar uma forma de memória que não é apenas cultural. Os comportamentalistas, os behavioristas, os pavlovianos, os que vêem no homem um conjunto de reações adquiridas pela aprendizagem, privilegiam uma forma de memória e tendem a ocultar a memória filogenética e a ignorar o inconsciente. Eles não conseguem compreender que a irracionalidade é uma necessidade fundamental do homem.
De uma maneira mais geral às diferentes maneiras de se falar do homem correspondem a diferentes maneiras de exagerarmos, de minimizarmos ou de ignorarmos esta ou aquela função da memória.
Se a obra de Marx é um protesto contra a alienação do homem, um estudo sobre o trabalho e a divisão do trabalho enquanto expressão desta alienação, ela não traz nenhuma ajuda à compreensão das origens desta alienação, porque Marx se exprimiu antes de Darwin, Haeckel e Freud, ignorando portanto, a importância da memória filogenética e da existência do inconsciente. Quando Marx fala da relação homem-natureza, é a propósito do trabalho que transforma a natureza e não a propósito de uma filiação natureza-homem.
Hoje, em todos os pontos do mundo industrializado, dia a dia, o homem separa-se mais e mais , a partir do nascimento, de suas raizes, das mais profundas as mais superficiais. Cada uma destas intervenções equivale sempre à intervenção direta ou mediata da tecnologia.
Se agora já comprendemos a importância do ambiente, da privacidade no processo de parto e nascimento podemos entender a importância do Parto em Casa Planejado . Podemos olhar esta questão por um outro prisma.
Segundo os estudos que o autor realizou durante 5 anos, suas conclusões que foram publicadas com o título de: “O Parto em Casa Planejado nos Países Industrializados” pelo ( Who – Regional Office for Europe, 1986 ) o maior obstáculo para a adaptação da sociedade aos partos domiciliares é a crença de que o parto em casa é perigoso e que ele significa uma volta ao passado. È necessário uma transformação universal da mídia e a melhor maneira para esta transformação são as estatisticas Holandesas onde 1/3 dos partos acontecem no domicílio. A Holanda è o único país do mundo onde a taxa de mortalidade perinatal è inferior a 10 pôr 1000 nascidos, e a taxa de mortalidade materna é de 1 para 10.000. E a de cesáreas fica em 6%. No Brasil Paraguai e Bolivia no ano de 1997 as taxas de mortalidade materna eram de 10 para cada 10.000 nascidos vivos segundo o Informe Epidemiológico de Mortalidade Materna.
A maternidade onde trabalha esta equipe, após um longo caminho, uma longa evolução, viu-se pronta, a partir de 1974, a compreendder a mensagem de Leboyer e viu-se pronta, nesta mesma época, a dar um salto para frente, e a questionar sua própia razão de ser, sua própia definição.
Para o profissional que chega como observador, as surpresas são inumeras. Nossa prática é tão diferente da obstetricia ensinada que algumas pessoas já sugeriram a composição de um verdadeiro novo tratado de obstetrícia, de uma obstetrícia posterior a Leboyer.
Há um mal entendido na medida em que o fenômeno Leboyer existe apenas em referência a uma outra maneira de viver. Esta nova obstetricia está inscrita em uma nova cultura, uma contra cultura que alguns gostam de chamar de sociedade pós-histórica e outros de sociedade ecológica. Esta nova obstetricia está inscrita em uma sociedade onde o ser humano, ou os grupos humanos, na medida em que seguem a sua evolução, sua progressão, sua história, podem guardar um contato com as suas raízes desde as mais profundas, comuns a toda a forma de vida, até as mais superficiais, que pertencem a história individual. Esta nova obstetrícia, nós a chamaremos de eco-obstetricia. Esta obstetrícia pode ser evocada, pode ser abordada, podemos penetrá-la, podemos explora-la, mas não podemos analisá-la ou estuda-la metodicamente. Porque ela exclui tudo o que se assemelha a um método, porque ela aceita a improvisação e a escolha.
As consequências desastrosas da generalização do parto em ambiente hospitalar são tão inumeras que chegamos a evidenciar os efeitos negativos do ämbiente hospitalar”sobre a dinâmica do parto., a evidenciar o meio de substitutos da ambiente microbiano selecionado, ou a multiplicidade mãe nas horas ou nos dias subsequentes ao nascimento.
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( 1 ) Apud. Odent em “Genese do Homem Ecológico, 1981 pg
( 2 ) Apud. Odent Gênese do Homem Ecológico, página